segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Há sensações... e sensações.

Existem momentos, atitudes, sabores, cheiros, toques que nos marcam, que deixam tatuado no nosso subconsciente uma impressão que se traduz fisicamente das mais diversas formas. Um arrepio que percorre toda a extensão da nossa espinha. Uma sensação de chão que foge dos nossos pés, como se fôssemos o Willie E. Coiote, que só após olhar para baixo se apercebe do precipício. Uma sensação de tontura, como se tivessemos levado uma injecção de morfina que nos enturpece os sentidos. Cada um sente todos estes sintomas de forma diferente, o que para um é uma montanha russa, para outro pode ser um soco no estômago e ainda pode haver quem o considere um orgasmo à beira mar. Quem consegue captar estas sensações e gozá-las, compreendendo o seu verdadeiro sentido para si próprio, pode se considerar afortunado, pois experiencia o que de melhor a vida nos pode dar. Mas existem ainda os pregadores, que conseguindo não apenas captar e interiorizar essas sensações, conseguem exteriorizá-las nas mais diversas formas, desde a escrita à música, passando pela pintura e muitas outras formas de arte. Por vezes sinto-me como que experienciando a mais avançada tecnologia de realidade virtual quando ao ter acesso a uma dessas manifestações de sensações de terceiros, eu próprio as sinto e vivo como se fossem minhas... e será que no fundo não são?

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